Prevenção para cuidar da pele no verão

23 de dezembro de 2018

No dia 21 de dezembro, começou oficialmente o verão. Apesar de ser uma ótima época do ano para aproveitar um clube ou uma praia, o aumento das temperaturas também é um fator de risco para o corpo. Um dos tipos de cânceres mais comuns no país, o de pele, é gerado pela exposição exagerada ao sol, especialmente nesta época do ano.

Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou o “Dezembro Laranja”, que, em 2018, tem como tema “Se exponha, mas não se queime”. As ações começaram a ser realizadas este mês, mas prosseguem até março de 2019, quando termina o verão. Dermatologistas e voluntários estarão nas ruas, praias e parques para mostrar os perigos e as formas de prevenir o câncer de pele.

Para te ajudar a entender melhor as causas dessa doença e como você pode evitá-la, reunimos as principais informações sobre esse câncer tão comum.

Tipos de câncer de pele

O câncer de pele mais comum no Brasil é o não melanoma, que corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados. Apesar de ser o mais frequente, também é o de menor mortalidade. Se for detectado e tratado precocemente, apresenta alto percentual de cura. Se não tratado corretamente, porém, pode deixar mutilações expressivas nos pacientes. É mais comum em pessoas acima de 40 anos e de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares. Histórico pessoal e familiar deste câncer ou de doenças cutâneas são outro fator de risco. É mais raro em crianças e negros.

O câncer de pele melanoma também é mais comum em adultos brancos e tem origem nos melanócitos – células que produzem a melanina, responsável por determinar a cor da pele. Pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas. Apresenta-se na forma de manchas, sinais ou pintas de bordas irregulares, acompanhadas de coceira e descamação. Corresponde a apenas 3% dos casos de cânceres de pele, porém é do tipo mais grave, com alta possibilidade de provocar metástase – quando o câncer se espalha para outros órgãos. Se detectado na fase inicial, o prognóstico do tratamento pode ser considerado bom.

Em questão de números, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê que serão registrados 165.580 novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil em 2018. Por outro lado, o número de melanoma será bem menor, com a expectativa de 6.290 ocorrências.

Importância do diagnóstico precoce

Os dois tipos de câncer de pele possuem boas expectativas caso sejam detectados nos estágios iniciais. No caso do melanoma, pode-se identificá-lo por meio de uma investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. Também é importante que as pessoas pertencentes ao grupo de risco, mesmo sem sinais, façam exames periódicos. O rastreamento ainda não é recomendado, pois não se sabe quais as suas reais consequências.

Uma regra muito usada nesses casos é a do ABCDE, que ajuda a identificar possíveis mudanças nas manchas da pele:

  • Assimetria: os lados do sinal são diferentes entre si.
  • Bordas irregulares: dificuldade na identificação do contorno.
  • Cor variável: várias tonalidades em uma mesma lesão, como tons pretos, castanhos, brancos, avermelhados ou azuis).
  • Diâmetro: marcas com mais de 6 mm.
  • Evolução: qualquer mudança sentida no tamanho, forma ou cor do sinal.

No caso do câncer não melanoma, existem dois tipos principais. O carcinoma basocelular caracteriza-se por uma lesão – ferida ou nódulo –, e apresenta evolução lenta. Já o carcinoma epidermoide também surge sobre uma ferida ou sobre uma cicatriz de queimadura, mas pode haver a possibilidade de metástase.

Se você tiver algum desses sintomas, não é uma certeza de que você está com câncer de pele. Na maioria dos casos não é o que ocorre, inclusive. Mas é importante fazer um acompanhamento médico para evitar qualquer dúvida.

Prevenção

Os cuidados contra o câncer de pele são bem simples, todos ligados à exposição ao sol. As dicas a seguir valem tanto para os momentos de trabalho quanto para os de lazer, então fique atento:

  • Evite exposição prolongada entre 10h e 16h.
  • Use sempre proteções adequadas, como bonés ou chapéus de aba larga, óculos escuro e barracas. No caso de um trabalho ao ar livre, procure usar camisa de manga longa e calça comprida para minimizar o impacto.
  • Sempre que possível, faça pausas em locais com sombra.
  • Não se esqueça do protetor solar, com fator mínimo de proteção 15. E lembre-se de que mesmo aqueles “à prova d’água” devem ser reaplicados a cada duas horas, durante a exposição solar.
  • É preciso proteger os lábios com filtro solar específico para essa área do corpo.

O câncer de pele melanoma ainda pode ser ocasionado por exposição a câmaras de bronzeamento artificial, que devem ser evitadas por albinos e por pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros.

Ou seja, quando estiver curtindo um sol no Círculo Militar, não se esqueça do protetor solar e aproveite nossos espaços verdes para descansar um pouco à sombra. Cuide da sua saúde enquanto se diverte!